Resenha: Tudo o que ela sempre quis [Desafio de Férias]

Título: Tudo o que ela sempre quis

Autor(a): Barbara Freethy

Editora: Novo Conceito

Páginas: 320

Ano: 2012

Esse livro estava na minha "estante" a um bom tempo, mais ou menos seis meses. Eu não tive a minima vontade lê-lo, pelo simples motivo de não gostar dessa capa, eu achei ela tão broxante (desculpem pela palavra), mas sério, com essa capa eu ficava imaginando um livro todo romântico e bobinho, porque essa "louca" ai correndo na praia da a entender que é um romance. 

Passando a minha revolta com essa capa, uma coisa que eu posso afirmar é que com toda a certeza esse livro me surpreendeu, pois eu não esperava nada, então tudo que aconteceu de bom, foi lucro. 

Tudo começa a dez anos atrás em uma festa, quando a brilhante Emily "se jogou" do prédio, deixando assim suas três melhores amigas e "irmãs" na fraternidade, Natalie, Laura e Madison, completamente devastadas. Aquela noite ficou marcada nas três, a culpa e falta que elas sentem da Emily ainda as persegue. Esse é o estopim da estória e assim tudo começa a ser narrado, todas as três amigas não tem mais contato e cada uma está seguindo a sua vida normalmente, até que em um certo dia, o livro de um escritor desconhecido entra para a lista dos mais vendidos. Ao perceberem que a história contida no livro é bem similar a delas, elas vão tentar descobrir quem é o autor e o motivo dele ter escrito esse livro. Pois não é apenas um livro contando a história delas, com os nomes alterados para que outras pessoas associassem, mas nessa história também há coisas intimas das meninas, segredos que so uma pessoa poderia saber, Emily. E o motivo principal dessa caçada a esse autor, é o fato de que uma das meninas está sendo acusada de ter empurrado Emily para a morte. 

Gostei bastante desse livro, sua narrativa é bem ágil e não é nada maçante, isso ajudou muito, pois quanto mais eu lia, mais eu queria saber o que iria acontecer no capitulo seguinte. Uma das coisas que eu não goste muito é que ao se aproximar do final, parece que autora correu com toda a história e mesmo que dê para acompanharmos tranquilamente, parece que falta algo, parece que autora poderia ter desenvolvido um pouco mais, ter dado um pouco mais de suspense e mistério. Mas claro, contrapondo isso, a autora conseguiu dar algumas boas explicações sobre os fatos que ocorreram durante o livro e o motivo do escritor misterioso fazer tal coisa. 

Durante todo o livro eu fui desconfiando de todo mundo, sem ao certo saber quem apontar o dedo e falar: "É ele/ela!" Eu fiquei perdido nas minhas próprias afirmativas, pois quando eu pensava que um personagem tinha tudo pra ser o responsável, aparecia o outro e mais outro e eu ficava: "Caramba, e agora?". A autora dá um nó nos seus pensamentos e julgamentos, mas depois ela vai desafrouxando esse nó, até você perceber com clareza quem é o verdadeiro culpado. Uma das coisas que também me incomodou um pouco era em saber como era as filhas da Laura. Bem, a autora cita tanto as filhas que eu me perguntei como elas seriam, e acontece que, durante todo o livro não temos nem uma pequena descrição sobre elas, o que é uma pena. Elas so aparecem na ultima pagina do livro, literalmente. E mesmo assim, não falam nada e nem são descritas, eu sei que isso não acrescentaria nada a história, mas mesmo assim que gostaria de saber como elas seriam. 

Com o passar da leitura vamos descobrindo que Emily não era a perfeita santa que todos achavam que fosse. Ela era como qualquer outra garota, com segredos e com vontades, a única diferença é que ela sabia esconder isso de todos. Sempre radiante e sorrindo, era assim que era vista por todos. Vamos descobrindo algumas coisas sobre ela através de outros personagens que também tem papel importante nessa história. Em outras palavras, as três meninas podem ser o foco central, mas não devemos esquecer que tem outros personagens que tem um peso importante. Por fim, o livro é muito bom e é mais que recomendado, não vi muitas resenhas negativas por ai, e acredito que sim, alguns pontos do livro são bem fraquinhos, mas no geral é uma boa leitura.